13.6.10

Dum pedaço de papel carregado numa Noite (depois perdido no meio de um livro)

___________________________Alberto Ritter Tusi



Ligações de fogos-fatuos
no breu dos perfumes estranhos.
E hoje eu me perdi no meio
dos meus princípios noturnos.

Sicut cervus desiderat fontes,
assim desejo, óh céus,
o absinto dos teus olhos.

Amanhecer ao teu lado e,

dos portais de Paris,
teu sorriso sutil, pálido de frio.
E eu ainda num delírio de Londres
pesada de névoas.

E o som vem de sete gatos
andando sobre as teclas de alguns pianos
abandonados num estaleiro só.

Tenho certeza que a certeza que tive,
firmando este monte de linhas,
é como um corvo sobre uma escrivaninha.

E acabo meu dia na aurora,
quando vem a luz pedida,
entre um sol do velho-mundo,
e outro de ventos nipônicos.

Luz do Absinto,
Mas de onde vens?

Corram, corram! Milhões de seres!
Deveriam antes entender o Amor,
Ou, correr por intuir o ato de correr?

Eu a girar.





(Maio/2010)

4 comentários:

Vanessa Monique disse...

Lindo poema!
Entender do amor?
Acho q ngm jamais entenderia
:*

Michelle C. Buss disse...

Muito lindo! Cada vez que leio teus versos me supreendo! Entretanto, acho que deves nos presentear mais com eles!

Mensageiro Obscuro disse...

Não consegui adicionar seu blog aos meus favoritos. Tento e não consigo.

Mensageiro Obscuro disse...

Olá Alberto, obrigado pela visita. É melhor me chamar de Obscuro pela internet, tem gente doida para arrancar meu couro se descobrir meu nome verdadeiro. rs.

Abraço e volte sempre.